119/365 - Alicerces do Mindfulness: Não forçar!
Bem-vindos!
Temos já a consciência da importância e interligação das atitudes que alicerçam a prática de mindfulness. Outro desses alicerces é a atitude de "Não Forçar". É uma forma de estarmos presentes no momento atual sem tentar forçar ou controlar as coisas. Envolve deixar acontecer naturalmente, sem tentar mudar ou controlar os pensamentos, as emoções ou as sensações corporais.
"Não Forçar" é importante porque ajuda-nos a evitar o stress, a ansiedade e a frustração que surgem quando tentamos controlar algo que não podemos controlar. Permite-nos estar presentes no momento, aceitar o que está a acontecer, sem julgamento ou resistência. Ao cultivarmos esta atitude, podemos aprender a relacionarmo-nos com a vida de uma forma mais gentil e menos controladora.
Existem diversas técnicas que podem ser utilizadas para desenvolver a atitude de "Não Forçar". Algumas delas incluem a meditação, a prática da respiração consciente e a observação dos pensamentos e das emoções sem julgamento. É importante lembrar que não se trata de uma prática fácil, pois muitas vezes estamos habituados a tentar controlar tudo à nossa volta. No entanto, com o tempo e a prática constante, é possível desenvolver esta atitude e integrá-la ao nosso quotidiano.
Em vez de tentarmos forçar ou controlar as coisas, podemos aprender a confiar no fluxo natural da vida e permitir que as coisas aconteçam sem resistência. Isso ajuda-nos a viver de forma mais plena e tranquila, a cultivar a aceitação e a compaixão por nós mesmos e pelos outros.
[O que é "Não Forçar"?]
A atitude de "Não Forçar" é mais um dos alicerces fundamentais do mindfulness e envolve a prática de deixarmos as coisas acontecerem naturalmente, sem as forçarmos ou tentarmos controlar a situação. Esta atitude implica em uma aceitação consciente do momento, sem resistência ou julgamento.
Quando tentamos forçar uma situação ou controlar algo que não está ao nosso alcance, acabamos a gerar stress e ansiedade, o que prejudica a nossa saúde mental e física. Ao deixarmos as coisas acontecerem naturalmente, aprendemos a desprendermo-nos das nossas expectativas e a confiarmos no fluxo natural das coisas, permitindo que elas se desenrolem como devem.
Esta atitude relaciona-se diretamente com a prática de mindfulness, que nos ensina a prestarmos atenção plena no momento presente, sem julgamento ou tentativas de o modificar. Ao praticarmos a não reatividade e a não resistência, abrimo-nos para experiências que, de outra forma, poderíamos perder ou ignorar.
Os benefícios de cultivar o "Não Forçar" são muitos. Quando aprendemos a confiar no fluxo natural das coisas, podemos reduzir os nossos níveis de stress e ansiedade, melhorar a nossa capacidade de lidar com situações desafiadoras e aumentar a nossa resiliência emocional. Além disso, a prática de "Não Forçar" ajuda-nos a cultivar uma maior aceitação de nós mesmos e dos outros, o que pode melhorar os nossos relacionamentos e a nossa qualidade de vida em geral.
[Técnicas para desenvolver o "Não Forçar"!]
Mais uma vez, assim como as atitudes que alicerçam a prática, as técnicas que as sustentam interligam-se. É nos possível cultivar e desenvolver o "Não Forçar" através de algumas técnicas, nomeadamente:
- A autocompaixão é a prática de nos tratarmos com gentileza, compreensão e tolerância. Quando passamos por momentos difíceis, temos a tendencia a cobrarmo-nos e a forçarmo-nos a sermos perfeitos. Praticar a autocompaixão ajuda-nos a aceitar que somos seres humanos imperfeitos e a tratarmo-nos com mais gentileza.
- Muitas vezes, tentamos controlar as coisas à nossa volta, o que nos força a agir de determinada forma. O desapego é a prática de deixar ir aquilo que não podemos controlar. Ao praticarmos o desapego, aprendemos a aceitar as coisas como elas são e a não nos forçarmos a mudá-las.
- Quando estamos muito focados numa tarefa, temos a tendencia a forçarmo-nos a continuar mesmo quando estamos cansados. Fazer pausas regulares ajuda-nos a descansar e a voltar com mais energia e clareza para a tarefa.
- Quando nos forçamos a agir de determinada forma, tendencialmente julgamo-nos a nós mesmos e aos outros. Praticar a observação sem julgamento ajuda a aceitar as coisas como elas são, sem julgamento ou crítica.
- A respiração consciente é a prática de nos focarmos na respiração. Quando estamos stressados ou ansiosos, forçamo-nos a encontrar uma solução imediatamente. A respiração consciente ajuda-nos a acalmar a mente e a encontrarmos um espaço interno para a reflexão
- A gratidão é a prática de reconhecer e apreciar as coisas boas da vida. Ao forçarmos o nosso foco para alcançarmos algo que queremos, não apreciamos o que já temos. Praticar a gratidão ajuda a cultivar a alegria e a satisfação com o que já temos.
Estas são algumas das técnicas que nos podem ajudar a cultivar o "Não Forçar". Cada um de nós deve procurar as técnicas que melhor funcionam connosco, o importante é estarmos abertos e dispostos a experimentar novas práticas e a cultivarmos uma atitude de gentileza e compaixão connosco.
[Integrar o "Não Forçar" no quotidiano!]
No capítulo anterior, apresentamos algumas técnicas para desenvolvermos o "Não Forçar". Agora, vamos explorar como podemos integrar essa atitude no quotidiano, tornando-a num hábito natural e espontâneo. Deixamos algumas sugestões de como integrar esta atitude no quotidiano:
- Na prática de mindfulness: ao meditar, deixemos os pensamentos surgirem e passarem naturalmente, sem tentarmos controlá-los ou afastá-los. Apenas observar e deixar fluir.
- No trabalho: ao realizar uma tarefa, permitamos que ela se desenrole naturalmente, sem forçar ou pressionar para terminar mais rapidamente. Estejamos presente no momento e concentremo-nos no processo, em vez de no resultado final.
- Nas relações interpessoais: ao interagir com outras pessoas, permitamos que a conversa flua naturalmente, sem nos preocuparmos com o que dizer ou como nos comportarmos. Sejamos autênticos e deixemos a conversa acontecer naturalmente.
- Na prática de exercício físico: ao fazer atividades físicas, permitamos que o corpo se mova naturalmente, sem forçá-lo a fazer algo que não está pronto para fazer. Escutemos o nosso corpo e respeitemos os seus limites.
Ao incorporarmos o "Não Forçar" nas nossas atividades diárias, podemo-nos tornar mais presentes e conscientes em cada momento. Podemos sentir mais paz e serenidade nas nossas vidas e nos relacionamentos, e reduzir o stress e a ansiedade.
[Relembramos]
O "Não Forçar" é um dos alicerces fundamentais do mindfulness e uma das chaves para alcançarmos um estado de presença plena e consciência tranquila. Exploramos o significado de "Não Forçar", a sua relação com a prática de mindfulness e os seus benefícios.
Esta atitude envolve deixar as coisas acontecerem naturalmente, sem resistência ou tentativa de controlo. É uma atitude de abertura e aceitação do momento presente, sem julgamento ou expectativas. Quando praticamos o "Não Forçar", permitimos que as coisas fluam com mais facilidade e conectamo-nos mais profundamente com a nossa experiência.
Encorajamos todos a continuarem a cultivar esta atitude e a aprimorar a prática de mindfulness. Trata-se de uma jornada contínua, e a prática é fundamental para alcançarmos resultados positivos.
Namaste!🙏
Comentários
Enviar um comentário