120/365 - Alicerces do Mindfulness: Aceitação!

 


Bem-vindos!

Para entendermos melhor a aceitação, é importante definir o que é e o que não é. A aceitação não significa resignação ou passividade perante as situações difíceis, pelo contrário, significa estar presente com as experiências, aceitando-as como são e trabalhar com elas de forma construtiva.

A aceitação é importante na prática de mindfulness, pois ajuda-nos a lidar com os pensamentos, emoções e sensações que surgem durante a meditação. Em vez de tentarmos suprimir ou controlar essas experiências, a aceitação permite que sejam reconhecidas e trabalhadas com gentileza e compaixão.

Existem várias técnicas que podem ajudar a desenvolver a atitude de aceitação. Uma delas é a prática da observação consciente, que envolve observar os pensamentos e emoções sem julgamentos ou críticas. Outra técnica é a compaixão, que envolve cultivar a compaixão por nós mesmos e pelos outros.

Além disso, a integração da aceitação no quotidiano pode ser alcançada ao usarmos uma atitude de gentileza, compaixão e cuidado para connosco, em vez de nos autojulgarmos ou criticarmos, isso ajuda a desenvolver a resiliência emocional e a lidar com situações difíceis de forma mais construtiva.


[O que é a aceitação?]

A aceitação é a capacidade de estarmos presentes com o que está a acontecer no momento, sem julgamentos ou resistência. Esta atitude envolve aceitar e reconhecer a realidade da situação, seja ela agradável ou desagradável, sem tentar mudá-la ou controlá-la.

Segundo Jon Kabat-Zinn, um dos principais nomes da prática de mindfulness, a atitude de aceitação é "a atitude de permitir que as coisas sejam exatamente como são, em vez de resistir ou tentar mudá-las constantemente". Isso não significa que tenhamos de concordar com tudo o que está a acontecer, mas sim que reconhecemos a realidade da situação e estamos dispostos a enfrentá-la com atenção plena.

A aceitação ajuda-nos a lidar com os pensamentos e emoções de forma mais equilibrada. Quando não aceitamos algo, temos tendencia a resistir e lutar contra isso, o que leva a um aumento de stress e ansiedade. Por outro lado, quando aceitamos e reconhecemos a realidade da situação, podemos enfrentá-la com mais calma e clareza.

Além disso, a aceitação traz benefícios para a saúde mental e física, como redução do stress, aumento da resiliência e melhoria do bem-estar emocional. Estudos demostram que a aceitação está associada a um maior compromisso e a uma maior satisfação com a vida.



[Técnicas para desenvolver a aceitação!]

Como temos vindo a ver com as outras atitudes que alicerçam o mindfulness, existem diversas técnicas que podem ser utilizadas para desenvolver a aceitação. Algumas delas incluem:

  • Mindfulness do corpo e da respiração: envolve trazer a atenção para o corpo e para a respiração, observando-as sem julgamentos ou tentativas de as modificar. O objetivo é simplesmente estarmos presentes com as sensações físicas e respiratórias, permitindo que elas sejam como são.
  • Prática da observação dos pensamentos e emoções: a ideia é observar os pensamentos e emoções que surgem na mente sem julgamentos ou tentativas de os mudar. É como se estivéssemos a assistir a um filme mental sem nos envolvermos, apenas a observar.
  • Prática do "Deixar ir": envolve deixar ir as experiências internas (pensamentos, emoções, sensações) à medida que surgem. É a prática de não nos apegarmos às experiências mentais, permitindo que elas se dissolvam naturalmente, sem resistência.
  • Cultivar a compaixão por nós e pelos outros: habilidade de reconhecer o sofrimento, tanto em nós mesmos quanto nos outros, e responder com gentileza e cuidado. Cultivarmos a compaixão ajuda a desenvolver a aceitação, permite que nos aceitemos a nós mesmos e aos outros.
  • Prática de "R.A.I.N": envolve reconhecer, aceitar, investigar e não nos identificarmos com as experiências internas (R.A.I.N). É uma técnica poderosa para desenvolver a aceitação, permitindo-nos conhecer e aceitar as experiências internas sem nos identificarmos com elas.

Cada uma destas técnicas ajuda a desenvolver a aceitação. É importante reconhecermos também, que a prática é gradual e que cada um de nós deve escolher as técnicas que melhor funcionam connosco. Ao praticar estas técnicas, é possível cultivar uma maior aceitação e equanimidade em relação às experiências internas e externas, o que leva a uma maior paz de espírito e bem-estar emocional.


[Integrar a aceitação no quotidiano!]

Ao integrarmos a aceitação no quotidiano, precisamos de estar dispostos a abraçar a realidade tal como ela é, sem tentarmos mudá-la ou controlá-la. Apresentamos algumas sugestões de como integrar a aceitação em diferentes aspectos da vida:

  • Aceitar o presente: muitas vezes, ficamos presos em pensamentos sobre o passado ou preocupações com o futuro, perdemos a oportunidade de aproveitar o momento presente. Ao praticarmos a aceitação do presente, podemos aprender a estar plenamente presentes no momento atual, e apreciar as pequenas coisas da vida.
  • Aceitar as emoções: as emoções são difíceis de lidar, especialmente as mais intensas. A prática da aceitação das emoções envolve permitirmos que elas aconteçam sem julgamento ou resistência, não significa que precisamos de gostar ou concordar com as emoções que surgem, mas sim permitir que elas sejam como são.
  • Aceitar as pessoas como elas são: cada ser humano é único e tem as suas próprias características, qualidades e falhas. Ao praticarmos a aceitação das pessoas como são, podemos aprender a aceitar e apreciar as suas diferenças, em vez de tentarmos mudá-las para se encaixarem nas nossas expectativas.
  • Aceitar a imperfeição: todos nós somos imperfeitos e cometemos erros. Em vez de lutarmos contra a nossa imperfeição, podemos aprender a aceitá-la como parte da nossa condição humana, isso ajuda-nos a desenvolver uma maior autocompaixão e aceitação de nós mesmos.
  • Aceitar a mudança: a vida é constantemente mutável e, muitas vezes, enfrentamos mudanças inesperadas e difíceis. Ao praticarmos a aceitação da mudança, aprendemos a adaptarmo-nos às novas circunstâncias e a encontrar formas de lidar com elas de forma mais eficaz.

Sabemos já que este é mais um processo contínuo e desafiador, que nos traz benefícios significativos para a nossa vida e bem-estar mental, e ao integrarmos a aceitação no quotidiano, aprendemos a viver com mais presença, compaixão e sabedoria.


[Relembramos]

Exploramos a aceitação como um dos alicerces fundamentais do mindfulness. Aprendemos que a aceitação é a capacidade de estarmos presente com o que está a acontecer no momento, sem julgamentos ou resistência, e que essa atitude é crucial para a prática de mindfulness e para a vida.

Vimos que existem diversas técnicas que podem ajudar a desenvolver a aceitação, como o mindfulness do corpo e da respiração, a prática da observação dos pensamentos e emoções, o "Deixar ir", a compaixão e a prática de "R.A.I.N". Além disso, discutimos a importância de integrar a aceitação no quotidiano, aceitarmos o presente, as emoções, as pessoas como elas são, a imperfeição e a mudança.

Portanto, encorajamos a continuar a cultivar a aceitação na vidas diárias e a melhorar a prática de mindfulness, para colhermos os benefícios que traz para a saúde mental e emocional.

Namaste! 🙏

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