135/365 - É Tudo Lucro!

 


Bem-vindos!

Estamos num constante fluxo de experiências, momentos, sentimentos e aprendizagens. É um ciclo que começa e termina sem que possamos controlá-lo, mas que nos presenteia com o mais valioso dos bens: o presente da existência. Nesse sentido, podemos afirmar que "É Tudo Lucro!".

Esta afirmação pode parecer estranha para muitas pessoas, especialmente para aquelas que estão acostumadas a medir o sucesso em termos materiais. Mas a verdade é que, do ponto de vista filosófico, não há nada a ganhar e nada a perder nesta vida. Chegamos ao mundo sem nada e, independentemente do que aconteça, já estamos a lucrar.

Queremos refletir sobre essa ideia e mostrar como ela nos pode ajudar a valorizar as coisas importantes da vida. Afinal, quando nos damos conta de que "É Tudo Lucro!", passamos a valorizar mais os momentos e as experiências que vivemos, e menos as posses materiais que acumulamos.

Vamos explorar diferentes aspectos desta afirmação, reflexões sobre a vida como um presente, o valor das experiências, a importância de nos desapegarmos das coisas materiais e a perspectiva de alguns autores sobre o tema. Que possamos compreender melhor a beleza da vida sem ganhos nem perdas e encontrar a inspiração para viver de forma mais plena e consciente.


["Nada a Ganhar e Nada a Perder!"]

A afirmação "nada a ganhar e nada a perder" pode parecer radical ou até mesmo negativa à primeira vista, mas pode ser interpretada de diferentes formas. Num sentido mais amplo, essa ideia leva-nos a refletir sobre o que realmente importa nas nossas vidas e a valorizarmos as coisas que não podem ser medidas em termos materiais.

Numa interpretação mais filosófica, esta afirmação relaciona-se com a perspectiva estoica, que defende a ideia de que não podemos controlar tudo o que acontece à nossa volta, mas podemos controlar como reagimos a essas circunstâncias. Ou seja, não podemos controlar se teremos sucesso financeiro ou se teremos uma vida longa e saudável, mas podemos escolher como lidamos com essas situações e como valorizamos as coisas que realmente importam.

Nesse sentido, a afirmação "nada a ganhar e nada a perder" lembra-nos de que a vida é um presente e que não há nada que possamos fazer para merecê-la ou controlá-la completamente. Mas isso não significa que não possamos encontrar valor e significado nas experiências que vivemos e nas pessoas que conhecemos ao longo do caminho.

Em vez de nos preocuparmos tanto com as posses materiais e com o sucesso financeiro, podemos concentrar a nossa energia em cultivar relacionamentos significativos, em aprender coisas novas, em viajar e explorar novos lugares, em ajudar os outros e em viver plenamente cada momento.


[A Vida Como um Presente!]

A vida é um presente que recebemos sem ter feito nenhum esforço por merecer. Não escolhemos os nossos pais, a nossa nacionalidade, a nossa religião ou a nossa aparência física. Tudo isso é-nos dado no momento em que nascemos e é algo que não podemos controlar.

Mas o fato de não termos controlo sobre essas coisas não significa que não possamos encontrar valor e significado na nossa existência. Afinal, a vida em si é um presente. É uma oportunidade única de experimentar o mundo e de aprender e crescer como ser humano.

Quando reconhecemos a vida como um presente, passamos a valorizá-la de uma forma mais profunda e significativa. Deixamo-nos de preocupar tanto com as coisas materiais e passamos a focar mais em cultivar relacionamentos, em aprender coisas novas e em viver plenamente cada momento.

Alguns filósofos, como Epicuro, defendem a ideia de que devemos encontrar a felicidade nas coisas simples da vida, como uma boa refeição, uma caminhada ao ar livre ou uma conversa agradável com amigos. Essas coisas podem parecer triviais, mas são elas que tornam a vida verdadeiramente valiosa.

Em vez de nos preocuparmos com as coisas que não podemos controlar, como o sucesso financeiro ou a aparência física, podemos concentrar a nossa energia em aproveitar ao máximo o tempo que temos e em encontrar valor e significado nas coisas simples da vida.


[O Valor das Experiências!]

Enquanto vivemos, acumulamos experiências. Elas são as memórias que guardamos ao longo dos anos e que nos ajudam a moldar a nossa identidade e a nos tornarmos quem somos. As experiências que vivemos são mais valiosas do que as posses materiais que acumulamos ao longo da vida, pois são únicas e não podem ser substituídas.

As posses materiais são importantes, é claro. Elas podem proporcionar conforto e segurança, além de nos permitirem desfrutar de certas comodidades da vida. No entanto, são passageiras e podem ser perdidas num piscar de olhos. Já as experiências que vivemos são únicas e duram para sempre.

Uma viagem, por exemplo, pode ser uma das experiências mais valiosas que podemos ter. Ela permite-nos conhecer novos lugares, novas culturas e novas pessoas. Além disso, uma viagem pode mudar a forma como vemos o mundo e a nós mesmos. As memórias de uma viagem ficam connosco para sempre, enquanto as coisas materiais que compramos durante a viagem podem ser perdidas ou esquecidas.

As experiências que vivemos também nos podem ensinar lições valiosas. Elas ajudam-nos a crescer como pessoas e a desenvolver habilidades e competências importantes para a vida. Por exemplo, um voluntariado numa comunidade carente pode-nos ensinar sobre empatia, solidariedade e trabalho em equipa.


[Apegos e Desapegos!]

Apegamo-nos facilmente a coisas materiais. É comum associarmos objetos a sentimentos, memórias e pessoas. No entanto, muitas vezes esse apego impede-nos de viver plenamente e de desfrutar das experiências que a vida nos oferece.

O desapego não significa necessariamente abrir mão de tudo o que possuímos. Significa, antes de tudo, mudar a forma como vemos as coisas e como nos relacionamos com elas. Significa valorizar mais os momentos e as experiências que vivemos do que as coisas materiais que acumulamos.

Quando nos desapegamos das coisas materiais, abrimos espaço para o novo e para o desconhecido. Isso permite-nos experimentar novas sensações, conhecer novas pessoas e viver novas experiências. Ao desapegarmo-nos das coisas, tornamo-nos mais livres e mais leves.

Por outro lado, quando nos apegamos demasiadamente a coisas materiais, tornamo-nos prisioneiros delas. Elas passam a controlar a nossa vida e a nossa felicidade. Além disso, o acúmulo excessivo de bens materiais pode levar a um sentimento de insatisfação constante, pois nunca parecemos ter o suficiente.

A vida é curta e passageira, e o que realmente importa são as experiências que vivemos e as pessoas com quem compartilhamos essas experiências. Quando nos desapegamos das coisas materiais e valorizamos mais os momentos e as experiências que vivemos, tornamo-nos mais presentes e mais conscientes do que realmente importa na vida.


[Além do Tempo!

Diversos autores contribuem para a reflexão sobre esta temática, especialmente aqueles que abordam a ideia de que a felicidade e o sentido da vida não estão necessariamente ligados às posses materiais. Um dos filósofos que defendeu essa ideia foi Epicuro, fundador da escola epicurista.

Para Epicuro, a felicidade não está ligada ao acúmulo de bens materiais, mas sim na simplicidade e no prazer das coisas simples da vida. Ele acreditava que o caminho para a felicidade era evitar a dor e procurar o prazer, não no sentido hedonista da palavra, mas sim como a satisfação das necessidades básicas e naturais do ser humano.

Outro autor que aborda esta temática é o psicólogo Mihaly Csikszentmihalyi, que desenvolveu a teoria do fluxo. Segundo ele, a felicidade e o sentido da vida são encontrados quando estamos imersos em atividades que nos desafiam e que nos fazem sentir num estado de fluxo, ou seja, quando estamos completamente envolvidos e focados na atividade em questão.

A filósofa Simone de Beauvoir também aborda a importância das experiências na vida. Para ela, a vida não tem um sentido pré-determinado, mas é construída através das escolhas e experiências de cada indivíduo. Ela defende que é preciso viver intensamente cada momento e cada experiência, pois é isso que dá sentido à vida.


[Relembramos]

Refletimos sobre a ideia de que não há nada a ganhar e nada a perder nesta vida, chegando à conclusão de que essa afirmação pode ser interpretada como um convite a valorizarmos mais as experiências e momentos que vivemos do que as posses materiais que acumulamos.

Discutimos como a vida em si já é um presente, que recebemos sem ter feito nenhum esforço para a merecer, e como as experiências que vivemos são mais valiosas do que as coisas materiais que possuímos. Refletimos também sobre a importância de nos desapegarmos das coisas materiais e valorizarmos mais os momentos e experiências que vivemos.

Autores como Epicuro, Mihaly Csikszentmihalyi e Simone de Beauvoir ajudam-nos a aprofundar esta reflexão, demonstram que a felicidade e o sentido da vida não estão ligados às posses materiais, mas sim às experiências que vivemos e às escolhas que fazemos.

Podemos afirmar que é tudo lucro nesta vida, pois independentemente do que acumulamos em termos materiais, as experiências que vivemos permanecerão connosco para sempre. 

No final, o que realmente importa é a profundidade, a intensidade e a espetacularidade da nossa experiência de vida. E é isso que devemos valorizar e procurar ao longo da nossa jornada.

Namaste! 🙏

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